A pergunta que nos ronda é: o que é mesmo a loucura? Bispo do Rosário foi louco? James Brown foi louco? Estamira é louca? Nietzsche foi louco? Quando uma loucura é maldita? E quando considerá-la bendita?
Teria a loucura abençoado Oscar Niemeyer quando ele vislumbrou curvas em blocos retos de concreto armado? Quando Santos Dumont sonhou cortar os céus a bordo de um invento chamado avião ele estava louco?
Quando Galileu especulou que a Terra é que girava em torno do Sol, e não o contrário, chamaram-no de louco e quase o queimaram por isso. Quando Darwin ousou afirmar que éramos frutos de uma evolução natural e que os macacos eram nossos parentes, chamaram-no de louco. E quando Freud disse que existia uma área desconhecida, poderosa e incontrolável no aparelho psíquico, o inconsciente coletivo, também chamaram-no de louco.
Tempos depois, essas loucuras se tornariam patrimônios imateriais da humanidade. Então digam-me, o que mesmo é ser louco?
Em nome de todos esses loucos, benditas sejam algumas loucuras, tanto a dos célebres, como a dos milhares de anônimos que desfilam, como cartas de tarô, seus arquétipos pelo mundo. São os loucos sem nome próprio, aqueles que quando passam pelas ruas, mesmo que saibamos seus nomes de "normais", os chamamos apenas pelos nomes de doidos - Alzira Zarú, Zé Panela, Maria Banana, Zé Melado, Zé Baoca, Vai Cega!
2 comentários:
Thanks :)
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Há de haver algum tipo de loucura na criação de coisas tão interessantes e antes impensadas. Talvez a loucura seja forma mais lúcida de criar, pois aí se vê as coisas do jeito que elas realmente são!
Adorei seu post, parabéns pela escrita!!!
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